A Escola de Ensino Especial - Centro Sócio-Educativo – da APPACDM de Setúbal participará, no próximo dia 10 de Junho (na Praça de Touros) e 18 de Junho (na Avenida Luísa Todi), pelo quinto ano consecutivo, nas marchas populares de Setúbal, sendo uma das únicas, senão mesmo a única, a incluir marchantes com mobilidade reduzida, alguns dos quais deslocam-se em cadeira de rodas.
Esta escola intervém com crianças e jovens dos 6 aos 18 anos, em regime de semi-internato, através de técnicas multidisciplinares que visam a estimulação das potencialidades de cada um nas várias áreas de desenvolvimento num processo contínuo e significativo de aprendizagem. Neste caso em concreto, os alunos, participam activamente, de acordo com as suas capacidades, em todo o processo neste projecto das marchas.
De acordo com a Coordenadora Pedagógica, Elisabete Moreira, este projecto curricular é um dos mais ambiciosos e amplos desta escola, uma vez que integra alunos de cinco valências desta instituição e são já 42 os marchantes, entre alunos, professores e funcionários. Este ano há a participação especial do grupo de teatro do Clube Animação Jovem da APPACDM no elemento surpresa da marcha. Sendo este Projecto o resultado da valorização do trabalho em equipa multidisciplinar, toda a equipa docente está activamente empenhada em fazer despertar nestas crianças e jovens, valores e capacidades iguais aos dos seus pares, que são fonte de integração social, que não é direccional mas é recíproca e, desta forma, contribuir para uma mudança de atitude da comunidade face à deficiência.
“Partindo da máxima “Marchar para Integrar”, a nossa marcha é constituída por alunos portadores de deficiência mental e multideficiência, como um direito de igualdade de oportunidades, exercício de cidadania, a par de todo o trabalho efectuado no âmbito pedagógico e, ainda, como forma de inclusão dos nossos alunos na comunidade, valorizando as suas capacidades salienta Elisabete Moreira.
Nesta óptica, além da perspectiva educativa, a participação dos alunos da APPACDM nas marchas populares, apresenta desafios e possibilidades, tanto como arte, como prática da actividade física, pois este projecto tem, ao longo dos anos, contribuído amplamente para o desenvolvimento biopsicossocial dos marchantes, acrescenta a coordenadora.
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